quinta-feira, 13 de maio de 2021

(Módulo 2 B) Artes e a Pandemia de Covid-19 (Artes)

  ORIENTAÇÕES DA ATIVIDADE:

   Olá estudantes,

Estes são os materiais para estudo do assunto: Artes e a pandemia de Covid-19. Segue um vídeo e um pequeno texto que refletem o que foi discutido durante o aulão do dia 29/04. Depois você deve responder a prova disponibilizada pelo whatsapp.

Grande abraço e se cuidem,

Professor Jorge Xavier


ARTE E PANDEMIA



 

A ARTE PODE MELHORAR ESTADOS EMOCIONAIS EM PERÍODOS DE ISOLAMENTO SOCIAL

 


 

          Com a atual pandemia, os dados de doenças mentais como depressão e ansiedade podem ser agravar, com as pessoas isoladas e o medo constante de contaminação. Uma pesquisa publicada na revista Brain, behavior, and immunity investigou o impacto psicológico da covid-19 nas primeiras três semanas após o surto da pandemia na Espanha. Entre os resultados, 18,7% das pessoas entrevistadas apresentaram sintomas de depressão, 21,6% de ansiedade e 15,8% sintomas de transtorno de estresse pós-traumático (TEPT). Esse mesmo artigo ainda identificou que o bem-estar espiritual foi o fator que mais protegeu as pessoas dos sintomas desses transtornos. E algo que pode contribuir para um melhor estado espiritual durante a pandemia é a arte.

          Para o psiquiatra Paulo Amarante, a relação entre arte e saúde mental é mais comum do que se imagina. “Poucas pessoas sabem, mas o surrealismo foi criado por um psiquiatra, André Breton.  A ideia do surrealismo era propiciar a emergência do inconsciente sem as limitações impostas pela sociedade, deixar aflorar os sonhos, pesadelos e desejos mais profundos. E a arte foi um dos grandes pontos do movimento surrealista, na pintura, no cinema, no teatro. Ela tem a capacidade de se aprofundar na alma das pessoas, nos desejos, nos instintos, no que há de mais obscuro e dar luz, e isso é profundamente criativo”.

          Diversos músicos vêm produzindo lives com apresentações artísticas, que ajudam como distração do público em meio ao isolamento social. Mas o próprio estado mental dos artistas por trás dessas produções também está em jogo. “No começo da pandemia eu não me sentia estimulada a pegar o violão, tocar alguma música ou compor. Com o passar do tempo, ao me acostumar com o isolamento, comecei a pegar o violão e tocar uma música aqui e outra ali. Foi quando resolvi fazer a primeira live em abril”, comenta Sara Fernandes, cantora solo e vocalista da banda Saribando, que se apresenta em bares e pubs de Botucatu, interior de São Paulo.

 

Percepção de arte como cultura

 

          Para a psicanalista Rosana Teresa Onocko Campos, da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp, a pandemia tem proporcionado reflexões sobre a percepção da cultura e seu consumo. “Há uma parte grande da sociedade brasileira que não tem o hábito de consumir cultura porque não consegue. Porque é caro, porque a cultura nem sempre está ao acesso, não está disponível em todos os bairros. A grande questão é como vamos aproveitar esse momento. E também temos que entender que tem gente que não está consumindo cultura neste momento, não porque não gosta ou não sabe, mas simplesmente porque está em uma situação muito difícil para sobreviver”.

 

Sanidade e sociedade

 

          Para o psicólogo e doutor em saúde coletiva da Unicamp, Bruno Emerich, a arte tem feito um papel de conexão na pandemia. “Estamos vivendo um momento de incertezas e inseguranças, em que muitas pessoas estão entrando em contato com dimensões da sua própria vida, da sua história e do seu próprio sofrimento, sem necessariamente ainda ter construído estratégias para lidar com isso. É algo bastante complexo, tem diferentes perspectivas, mas, de certa forma, a cultura ou a conexão com algo artístico que faça sentido para a pessoa pode ajudar”. Além do impacto pessoal, a arte também é importante para o convívio em coletivo, detalha o especialista: “Podemos pensar na dimensão cultural como algo que aproxima, apesar da distância, e que conecta, apesar das diferenças. É uma forma de ampliar a compreensão e o sentimento desse momento para todo mundo”.

          A psicanalista Rosana Teresa Onocko Campos reforça também que é importante cada pessoa compreender que a pandemia tem variados impactos. “Não se cobre para estar muito bem porque ninguém está muito bem. Aceitar que não está bem, às vezes, é o melhor que se pode fazer. Converse com alguém, ligue para um amigo ou para um parente, aproveite algum desses momentos de divulgação cultural, se permita estar um pouco mais calmo, com um ritmo um pouco mais lento, um pouco mais consigo mesmo. E não precisa se cobrar uma felicidade ou uma euforia. Não é um momento para estar eufórico e feliz”.

 

Texto adaptado/ Fonte: https://www.comciencia.br/a-arte-melhora-estados-emocionais-durante-a-pandemia/

 

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