ORIENTAÇÕES DA ATIVIDADE:
Olá estudantes,
Os textos aqui são os utilizados no aulão do dia 29/04. Leiam atentamente os textos e depois faça a atividade. Não esqueça de responder a prova que estamos disponibilizando digitalmente pelo whatsapp.
Grande abraço e se cuidem,
Professor Jorge Xavier
VIVER
SOZINHO EM TEMPO DE PANDEMIA
Na Espanha havia quase cinco milhões de casa individuais em
2020. O confinamento e as restrições sociais se vivem de outra forma dentro de
eles.
Julen Pineda, de 31 anos, se mudou a seu novo
piso em 5 de março de 2020. Depois de ter compartilhado casa várias vezes e viver
com sua mãe os últimos anos, esse foi sua estreia morando sozinha. Nove dias depois,
o Governo decretou estado de alarme. “Comecei a pandemia sozinha”, recorda agora.
Como tinha vontade de viver sozinha, Mas os primeiros “dias foram de susto”, porém
conseguir levar bem o isolamento. Me isolei completamente do mundo, não via
jornal, rádio, TV. Aproveitei para desfrutar de minha casa - relata Julen.
No último ano, incluso os mais amantes de viver
sozinhos tiveram seus momentos de dúvida. A psicóloga y psicoterapeuta Cristina
Viartola fala: “Quando a solidão é imposta e se corta a possibilidade de
escolher pelo contato social, como no caso do confinamento, pode terminar
gerando sensações de pessimismo y desesperança”. Estas sensações podem terminar
em sintomas de depressão ou ansiedade.
Nesse espiral de tristeza, se encontrou em vários
momentos Eva F., de 35 años. “Em abril, chorei todos os dias”, conta. Levava apenas
uns meses vivendo sozinha quando chegou a pandemia, mas não era a primeira vez e
sempre havia gostado. O que mais a afetou durante os primeiros meses foi a incerteza
econômica. Além dos rumores de perda de emprego, sua família teve que fechar seu
negócio. “Passei de uma situação de estabilidade e tranquilidade, a pensar que
em qualquer momento me despediam y que minha família ia a ruína”, relata.
A psicóloga Valeria Sabater, considera adequado
ter em conta as particularidades de cada situação à medida que seja possível
relaxar algumas regras de isolamento, porém acreditar ser necessário ir além:
“Seria necessário também contar com equipe multidisciplinares para atender a
quem está vivendo este momento com psicólogos, serviço social etc.”. E
ressalta: “a solidão é uma enfermidade silenciosa e invisível com grande
impacto na nossa sociedade que todo ano e responsável por tirar várias e várias
vidas.
(Texto adaptado e traduzido do El País: https://elpais.com/sociedad/2021-04-26/vivir-solo-en-tiempos-de-pandemia.html)
Texto 2 -
PANDEMIA DA FOME
A pandemia do novo coronavírus vai agravar, ainda mais, uma outra pandemia que persegue a humanidade no decorrer dos séculos: a da fome. Com o surgimento da Covid-19 e todos seus reflexos sobre as atividades econômicas e sociais no mundo, estima-se que mais 12 mil pessoas possam perder a vida, diariamente, por falta do que comer. Se somadas às 25 mil que já morrem pelo mesmo motivo, de acordo com levantamento da Organização das Nações Unidas (ONU), este número chega a 37 mil óbitos por dia, em todo o planeta, um aumento de 48%.
Levantamento
da ONG humanitária Oxfam, tendo como base estudos da ONU, mostra que cerca de
120 milhões de pessoas podem engrossar o contingente dos que já enfrentam grave
crise alimentar, em decorrência dos impactos econômicos e sociais do novo
coronavírus. A maior parte dessa população vulnerável encontra-se em zonas de
conflitos armados, sobretudo na África e Oriente Médio. A proposta de
especialistas para enfrentar o problema é que nessas áreas seja decretado
cessar-fogo temporário para a retomada da ajuda humanitária pelas organizações
internacionais.
Mas
países em desenvolvimento, em outras regiões, também estão sendo gravemente
atingidos pela fome, casos do Brasil, Índia e África do Sul. Pelas estimativas
do Programa Mundial de Alimentos (PMA) da ONU, com a pandemia do novo
coronavírus, o número de seres humanos em situação de fome extrema deve atingir
270 milhões ainda neste ano. A interrupção de atividades econômicas não
essenciais e a restrição de movimentação da população por causa do isolamento
social levou ao fechamento de milhões de postos de trabalho mundo afora com a
consequente perda de renda. Segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI), a
retração da economia global pode acabar com 300 milhões de empregos, apenas em
2020.
A
pronta reação dos governos para socorrer os que perderam o emprego e os
trabalhadores informais, tanto no Brasil quanto no restante do mundo, com a
instituição de políticas de proteção social, impediu que o quadro fosse bem
pior. Inegável que os estados têm a responsabilidade de assegurar a
sobrevivência dessas pessoas, ao mesmo tempo em que devem criar as condições
para que o isolamento social prevaleça onde for necessário. Mas para que a
situação atual não se agrave ainda mais, cabe às autoridades manterem os
programas de ajuda à população vulnerável. Isso porque, mesmo com o fim da
pandemia, levará algum tempo para que ocorra a volta à normalidade plena.
Fonte:https://www.diariodepernambuco.com.br/noticia/opiniao/2020/07/pandemia-da-fome.html
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