terça-feira, 27 de abril de 2021

(Módulos 2 "A" e "B") Revisão: Classificação dos Seres Vivos ( Biologia - Profª Glória)

 Aula extra com revisão da classificação dos seres vivos.

Roteiro:
Leitura e reflexão do material (texto).
Cuidem-se!

Classificação dos Seres Vivos

Introdução

 

Ao longo do desenvolvimento científico, vários estudiosos buscaram classificar os seres vivos de acordo com suas características comuns ou com o grau evolutivo estabelecido a partir das ideias evolutivas darwinianas.

Através da classificação dos seres vivos, é possível conhecer e analisar a biodiversidade do planeta, esquematizar os graus de parentesco evolutivo entre indivíduos e até estabelecer modelos matemáticos que demonstrem o momento da evolução em que o ambiente e seus organismos foram submetidos aos processos adaptativos.

O sistema de classificação dos seres vivos não obedece a critérios rigidamente formais, sendo um sistema que se rege por um conjunto de regras predominantemente unificadas, mas que, dada a grandeza da quantidade de seres vivos existentes no planeta, são adaptadas de acordo com o modelo de estudo e com o ramo da biologia em que essa classificação se fez necessária.

 

Classificação Básica

 

Outras formas de classificação, além da que permite classificar os seres vivos agrupando-os em espécies, podem ser utilizadas dependendo do estudo em que essa classificação seja necessária. Dessa forma, classificações mais básicas, que não obedecem necessariamente a padrões evolutivos, são empregadas principalmente para fins didáticos.

Os seres vivos podem ser classificados quanto à forma de obtenção de alimentos em:

 

Autótrofos: seres vivos capazes de sintetizar o próprio alimento através de processos anabólicos;

Heterotróficos: seres vivos que não são capazes de sintetizar o próprio alimento, devendo obter a matéria orgânica necessária para seus processos metabólicos através do consumo de outros seres vivos ou da matéria orgânica produzida pelos indivíduos autótrofos.

 

Quanto à forma de produção de matéria orgânica, os indivíduos autótrofos podem ser classificados em:

 

Fotossintetizantes: seres que utilizam a energia luminosa para a produção de matéria orgânica através do processo de fotossíntese;

Quimiossintetizante: Seres vivos que utilizam de compostos químicos inorgânicos para a produção de matéria orgânica através do processo de quimiossíntese.

 

Quanto ao hábito alimentar, isto é, o tipo de alimento consumido para seus processos metabólicos, os seres vivos heterótrofos podem ser subdivididos em:

 

Herbívoros: seres que se alimentam de plantas e vegetais;

Carnívoros: seres vivos que se alimentam de outros seres, geralmente através da caça ou de restos de animais, como os fungos e bactérias decompositoras.

Dentro de um ecossistema, os seres vivos estabelecem relações ecológicas de predação e/ou herbívora entre eles, de forma que estabelecem uma cadeia alimentar. Os seres vivos dentro de uma cadeia alimentar podem ser ainda classificados quanto ao seu nível trófico dentro dessa cadeia:

Produtores: na base da cadeia, são os organismos que autótrofos que produzem o seu próprio alimento;

Consumidores primários: indivíduos herbívoros que se alimentam dos produtores;

Consumidores secundários: indivíduos carnívoros que se alimentam dos produtores primários;

Consumidores terciários: indivíduos carnívoros que se alimentam dos produtores secundários;

Decompositores: seres que contribuem para a ciclagem de nutrientes dentro do ecossistema, se alimentando de restos e carcaças de outros indivíduos (produtores ou consumidores). Por exemplo, os fungos e bactérias.

 

Histórico

 

O sistema mais antigo de classificação foi proposto por Aristóteles ainda na Idade Clássica e dividia os seres vivos em plantas e animais. Os animais eram subdivididos de acordo com o meio em que se moviam (água, ar ou terra). Esse primeiro modelo de classificação inspirou todos os demais sistemas de classificação, inclusive o atual.

Com a descoberta de novas terras, novas espécies de seres vivos eram encontradas e o sistema aristotélico acabava formando grupos extensos de organismos. Ao agrupar todas as plantas em um mesmo grupo, não eram considerados outros fatores de diferenciação, como a formação de flores, o modelo de caule, entre outras coisas.

Os avanços científicos, principalmente no campo da microscopia, permitiram a descoberta de organismos que não se classificavam no sistema proposto. Esses novos organismos ou eram adicionados em grupos que não apresentavam características similares, como os protozoários colocados nos grupos animais e os fungos adicionados no grupo das plantas.

No século XVIII, Carolus Linnaeus em sua obra "Systema Naturae" propôs uma forma hierárquica de classificação dos seres vivos. Nesse livro, ele estipula três reinos: mineral, vegetal e animal, e agrupa todos os seres vivos em cinco categorias: Classe, Ordem, Gênero, Espécie e Variedade.

Além disso, no sistema de classificação de Lineu, é estipulado que o nome de cada espécie deve ser curto, único em cada gênero, binominal e permanente.

Apenas no século XIX que outros reinos foram adicionados no sistema de classificação. De acordo com a proposta do biólogo Ernst Haeckel, todos os organismos podem ser agrupados em cinco reinos: Monera, Fungi, Protista, Plantae e Animalia.

Em 1977, com os avanços científicos, foi possível, através de análises moleculares, estabelecer outras similaridades entre os organismos. Dessa forma, C. Woese propôs a formação de três domínios que ficariam acima da categoria de Reino: Domínio Bacteria, Archaea e Domínio Eukarya.

Atualmente, o sistema de classificação dos seres vivos é estudado na taxonomia que está dentro do ramo da Sistemática na Biologia.

 

Taxonomia e Sistemática

 

Sistemática é a área da Biologia que visa estudar a biodiversidade através de uma classificação chamada taxonomia.

Dentro da taxonomia, todos os organismos são classificados em categorias que recebem o nome de táxon. São novetáxons principais que compõem uma escala ascendente de organização, ou seja, os maiores táxons englobam os menores táxons.

O menor táxon classifica os seres vivos em Espécie. As espécies são agrupadas em Gêneros similares que são agrupados em Famílias que, por sua vez, são agrupadas em Ordem.

O taxon Ordem está incluído dentro do táxon Classe que está incluída no táxon Filo que compõem, por fim, o táxon Reino.

 

Atualmente, os reinos podem ser agrupados dentro do táxon Domínio ou Super Reino e este pode ainda ser incluído dentro do primeiro táxon que é chamado de Super Domínio, que divide os seres em Biotaaqueles que são considerados seres vivos, e Abiota, incorporando os vírus, organismos que por muitos estudiosos não são considerados seres vivos.

Algumas normas para escrita da espécie também são utilizadas como o nome ser em latim, composto onde o primeiro nome é escrito em letra maiúscula e representa o Gênero do organismo e o segundo escrito em letra minúscula é a Espécie. Esse nome deve ser em itálico ou sublinhado.

 

Exemplo: Ser Humano.

 

Super Domínio: Biota;

Domínio: Eukarya;

Reino: Animalia;

Filo: Chordata;

Classe: Mammalia;

Ordem: Primatas;

Família: Hominidae;

Gênero: Homo;

Espécie:Homo sapiens;

 

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