Aula extra com revisão da classificação dos seres vivos.
Roteiro:Leitura e reflexão do material (texto).
Cuidem-se!
Classificação dos Seres Vivos
Introdução
Ao longo do desenvolvimento
científico, vários estudiosos buscaram classificar os seres vivos de acordo com
suas características comuns ou com o grau evolutivo estabelecido a partir das
ideias evolutivas darwinianas.
Através da classificação dos
seres vivos, é possível conhecer e analisar a biodiversidade do planeta,
esquematizar os graus de parentesco evolutivo entre indivíduos e até
estabelecer modelos matemáticos que demonstrem o momento da evolução em que o
ambiente e seus organismos foram submetidos aos processos adaptativos.
O sistema de classificação dos seres
vivos não obedece a critérios rigidamente formais, sendo um sistema que se rege
por um conjunto de regras predominantemente unificadas, mas que, dada a
grandeza da quantidade de seres vivos existentes no planeta, são adaptadas de
acordo com o modelo de estudo e com o ramo da biologia em que essa
classificação se fez necessária.
Classificação Básica
Outras
formas de classificação, além da que permite classificar os seres vivos
agrupando-os em espécies, podem ser utilizadas dependendo do estudo em que essa
classificação seja necessária. Dessa forma, classificações mais básicas, que
não obedecem necessariamente a padrões evolutivos, são empregadas
principalmente para fins didáticos.
Os
seres vivos podem ser classificados quanto à forma de obtenção de
alimentos em:
Autótrofos: seres vivos capazes de sintetizar o próprio
alimento através de processos anabólicos;
Heterotróficos: seres vivos que não são capazes de sintetizar o próprio
alimento, devendo obter a matéria orgânica necessária para seus processos
metabólicos através do consumo de outros seres vivos ou da matéria orgânica
produzida pelos indivíduos autótrofos.
Quanto
à forma
de produção de matéria orgânica, os
indivíduos autótrofos podem ser classificados em:
Fotossintetizantes: seres que utilizam a energia luminosa para a
produção de matéria orgânica através do processo de fotossíntese;
Quimiossintetizante: Seres vivos que utilizam de compostos químicos
inorgânicos para a produção de matéria orgânica através do processo de
quimiossíntese.
Quanto
ao hábito
alimentar, isto é, o tipo de
alimento consumido para seus processos metabólicos, os seres vivos heterótrofos
podem ser subdivididos em:
Herbívoros: seres que se alimentam de plantas e vegetais;
Carnívoros: seres vivos que se alimentam de outros seres,
geralmente através da caça ou de restos de animais, como os fungos e bactérias
decompositoras.
Dentro
de um ecossistema, os seres vivos estabelecem relações ecológicas de predação
e/ou herbívora entre eles, de forma que estabelecem uma cadeia alimentar. Os seres vivos dentro de uma cadeia alimentar podem ser
ainda classificados quanto ao seu nível trófico dentro dessa cadeia:
Produtores: na base da cadeia, são os organismos que autótrofos que produzem o seu próprio alimento;
Consumidores
primários: indivíduos herbívoros que se alimentam dos produtores;
Consumidores secundários: indivíduos carnívoros que se alimentam dos produtores primários;
Consumidores terciários: indivíduos carnívoros que se alimentam dos produtores secundários;
Decompositores: seres que contribuem para a ciclagem de nutrientes
dentro do ecossistema, se alimentando de restos e carcaças de outros indivíduos (produtores ou consumidores). Por exemplo, os
fungos e bactérias.
Histórico
O
sistema mais antigo de classificação foi proposto por Aristóteles ainda
na Idade Clássica e dividia os seres vivos em plantas e animais. Os animais eram subdivididos de acordo com o meio em que se moviam (água, ar ou terra). Esse primeiro modelo de
classificação inspirou todos os demais sistemas de classificação, inclusive o
atual.
Com
a descoberta de novas terras, novas espécies de seres vivos eram encontradas e
o sistema aristotélico acabava formando grupos extensos de organismos. Ao
agrupar todas as plantas em um mesmo grupo, não eram considerados outros
fatores de diferenciação, como a formação de flores, o modelo de caule, entre
outras coisas.
Os
avanços científicos, principalmente no campo da microscopia, permitiram a
descoberta de organismos que não se classificavam no sistema proposto. Esses
novos organismos ou eram adicionados em grupos que não apresentavam
características similares, como os protozoários colocados nos grupos animais e
os fungos adicionados no grupo das plantas.
No
século XVIII, Carolus Linnaeus em
sua obra "Systema Naturae"
propôs uma forma hierárquica de classificação dos seres vivos. Nesse livro, ele
estipula três reinos: mineral, vegetal e animal, e agrupa todos os seres vivos em cinco categorias: Classe, Ordem, Gênero,
Espécie e Variedade.
Além
disso, no sistema de classificação de Lineu, é estipulado que o nome de cada espécie deve ser curto,
único em cada gênero, binominal e permanente.
Apenas
no século XIX que outros reinos foram adicionados no sistema de classificação.
De acordo com a proposta do biólogo Ernst Haeckel, todos os organismos podem ser agrupados em cinco
reinos: Monera, Fungi, Protista, Plantae e Animalia.
Em
1977, com os avanços científicos, foi possível, através de análises
moleculares, estabelecer outras similaridades entre os organismos. Dessa
forma, C. Woese propôs
a formação de três domínios que
ficariam acima da categoria de Reino: Domínio Bacteria, Archaea
e Domínio Eukarya.
Atualmente,
o sistema de classificação dos seres vivos é estudado na taxonomia que está dentro do ramo da Sistemática na Biologia.
Taxonomia e Sistemática
A Sistemática é a área da Biologia que visa estudar a
biodiversidade através de uma classificação chamada taxonomia.
Dentro
da taxonomia, todos os organismos são classificados em categorias que recebem o
nome de táxon. São novetáxons principais que compõem uma escala ascendente de organização,
ou seja, os maiores táxons englobam os menores táxons.
O
menor táxon classifica os seres vivos em Espécie. As espécies são agrupadas em Gêneros similares que são agrupados em Famílias que, por sua vez, são agrupadas em Ordem.
O
taxon Ordem está
incluído dentro do táxon Classe que está
incluída no táxon Filo que
compõem, por fim, o táxon Reino.
Atualmente,
os reinos podem ser agrupados dentro do táxon Domínio ou Super Reino e este pode ainda ser incluído dentro do primeiro
táxon que é chamado de Super Domínio, que
divide os seres em Biota, aqueles que são
considerados seres vivos, e Abiota, incorporando os vírus, organismos que por muitos
estudiosos não são considerados seres vivos.
Algumas
normas para escrita da espécie também são utilizadas como o nome ser em latim,
composto onde o primeiro nome é escrito em letra maiúscula e representa o
Gênero do organismo e o segundo escrito em letra minúscula é a Espécie. Esse
nome deve ser em itálico ou sublinhado.
Exemplo:
Ser Humano.
Super Domínio: Biota;
Domínio: Eukarya;
Reino: Animalia;
Filo: Chordata;
Classe: Mammalia;
Ordem: Primatas;
Família: Hominidae;
Gênero: Homo;
Espécie:Homo sapiens;
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