AULA DE ARTES - PROF. JORGE XAVIER (MÓDULO II B)
Arte e Beleza
A ideia de que “a beleza [ou a arte] salvará o
mundo” é uma ideia muito presente na cabeça de diversos artistas, seja na sua
capacidade de denúncia ou de trazer conforto a partir das obras produzidas a
humanidade. A ideia vem da concepção do que seria beleza ou o belo. Já na antiguidade
(lá na Grécia Antiga), surgi a concepção de beleza que permeia nossa forma de
pensar até hoje. Platão, filósofo grego, associava o belo ao bom - tudo o que é
belo é bom, dizia Platão.
Aristóteles – outro filósofo grego – trouxe a
ideia da integridade, da proporção e da clareza associado ao conceito de beleza
e que seriam essenciais à obra de arte e às coisas. O filósofo pensava na
beleza como contraponto à feiura e ao caos. Porém em gêneros como o drama e a
tragédia, o belo da arte convive com a feiura, o grotesco que contradiz o ideal
de arte. Seriam, então, o drama e a tragédia artes de segunda categoria?
O conceito de beleza começa a mudar com o
advento do iluminismo. Emmanuel Kant, filósofo alemão, encara a beleza como um
fenômeno subjetivo, visto que ela nunca se encontra em si mesma, mas, tão
somente, nos olhos de quem a vê. Assim o que é belo, depende da experiência
pessoal. Daquilo que cada individuo considera bonito.
Com o advento do modernismo e a insurgência da
arte conceitual, a forma de contemplar a beleza e da obra artística atingiram outros
contornos, em especial a partir da aparição em cena de Marcel Duchamp, artista francês.
Duchamp, se mudou para New York, um solo prodigioso para sua arte. Lá, ele
enviou para júri de concurso promovido pelo Museu do Brooklin um urinol branco
comprado numa loja de material de construção. Ele criticava a concepções
clássicas do que seria arte e beleza. Ele questiona o que é arte e o que é a beleza?
(A fonte, Marcel Duchamp, enviado para o juri do Concurso no Brooklin)
Abaixo segue, a resposta de alguém, a pergunta: O que se quer encontrar numa manifestação artística?
“Pessoalmente, quando contemplo, quando
assisto, quero a verdade. Seja qual for. A verdade simbólica, da criança ou do
artista. Quero o que o representa ou que parece falar do autor e pelo autor.
Não preciso compreender ou concordar. Que seja mesmo absurdo... que permaneça
ou não, mas sempre que for possível me instigue, me leve a outros olhares,
outras formas de pensar ou mesmo aos meus próprios vazios, porque eles me
enriquecem. Quem sabe, esses produtos me instiguem a ver e sentir novas
maneiras de nomear beleza” (Hélio Rodrigues)
Responda você nos comentários:
1) 1) Sua ideia de beleza se assemelha a
Platão, Aristóteles ou Kant? Por quê?
2) 2) Qual das imagens acima para você
seria arte? Por quê?
3) 3) O que você busca na arte?
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